Cirurgia do diabetes tipo 2.
O diabetes do tipo 2 é uma doença crônica e de difícil tratamento.
Devido a uma série de fatores, o açúcar do paciente diabético permanece elevado no sangue durante um tempo prolongado.
Essa elevação nos níveis de açúcar acaba causando problemas nos vasos sanguíneos de todo o corpo, levando a problemas como infarto, cegueira, derrame cerebral, perda dos rins, levando a impotênci sexual a masculina e perda de membros devido a isquemia e trombose.
Quando associada a obesidade, o diabetes do tipo 2 tem evolução ainda mais rápida e perigosa.
Em 2017, O Conselho Federal de Medicina, autorizou a Realização da cirurgia Metabólica. Uma cirurgia muito parecida com a bariátrica, porém focada para controle e remissão do diabetes tipo 2.
Cirurgia do diabetes ( O que é? )
O paciente portador do diabetes do tipo 2 perde a capacidade de regular os níveis de açúcar no sangue, permanecendo com ele elevado por tempo muito elevado.Essa elevação do açúcar lesa os vasos sanguíneos.
A cirurgia metabólica, quando realizada mais cedo quando do diagnóstico da doença, tem a possibilidade de reverter a evolução do diabetes do tipo 2, promovendo seu controle mais efetivo. A cirurgia se parece muito com uma cirurgia bariátrica convencional, porém o objetivo maior seria o controle da glicemia com perda de peso apenas moderada.
A cirurgia melhora a secreção da insulina pelo pâncreas ( órgão que libera um dos hormônios responsáveis pelo controle da glicemia ), além de melhorar o gasto energético e frear os danos causados pelo açúcar elevado. Com a diminuição da quantidade de células gordurosas, a ação da insulina também é facilitada.
A cirurgia metabólica é capaz de reduzir o risco de infarto associado ao diabetes, melhorar os níveis de colesterol e levar a um controle de longo prazo melhor que com os tratamentos com medicamentos.
A cirurgia para o tratamento do diabetes é uma forma de controle da doença que leva a uma série de modificações que corrigem os defeitos na regulação de glicose.
Cirurgia para o tratamento do diabetes tipo 2, por que pensar nela mais cedo?
Com o passar do tempo, o diabetes do tipo 2 esgota a capacidade natural do pâncreas de produzir o principal hormônio que regula o açúcar, a insulina.
Com a perda da capacidade de produção de insulina, o paciente diabético do tipo 2 que conseguia controlar a doença apenas com comprimidos, passa a necessitar de insulina para controlar o açúcar. A evolução natural do diabetes, principalmente quando o controle da gicemia é inadequado, é para a insulinização. A partir desse momento, os órgãos como retina, coração ou rins já podem estar afetados.
Quanto mais cedo na evolução da doença a cirurgia for realizada, maior a chance de “poupar”as células do pâncreas produtoras de insulina e menor a chance de se desenvolver a falência do pâncreas.
Cirurgia do diabetes, é uma cura para a doença?
Não há como se falar de cura para o diabetes através da cirurgia. Alguns pacientes mesmo que fiquem livres de medicação, precisam de cuidados como dieta e atividade física durante toda a vida.
Muitos pacientes vão ficar sem necessidade de usar medicações para controle da glicose, porém é fundamental manter medidas como exercício físico e uma dieta equilibrada para o controle adequado da doença.
É importante que o paciente tenha em mente que o acompanhamento com endocrinologista é fundamental e que em alguns casos, as medicações poderão ser continuadas para o controle excelente da doença.
A cirurgia seria uma ferramenta fundamental para o controle da doença, melhora do peso, melhora da qualidade de vida e para que se evite a progressão ou descompensação da doença.
Cirurgia do Diabetes, quais os benefícios já conhecidos?
A melhor forma de se saber os efeitos dos tratamentos é através de estudos realizados em grandes centros de forma controlada e se avaliando no longo prazo como a cirurgia funciona.
Dessa forma, vários estudos comparam a cirurgia do diabetes ( metabólica ) com o tratamento com medicamentos.
Em um estudo de 2017 realizado por Schauer, o tratamento cirúrgico associado a medicações foi superior no controle da glicose que o tratamento clínico sozinho. Ou seja, em todos os resultados, a cirurgia foi superior ao tratamento medicamentoso.
Em outro estudo publicado em 2022, pela pesquisadora italiana Gertrude Mingrone, 3 grupos de pacientes diabéticos foram divididos para 3 tipos de tratamento diferentes: medicamentos, cirurgia de bypass e cirurgia de derivação biliopancreática. Após 2 anos, foram reavaliados, sendo que nenhum paciente do grupo com medicamentos estava livre do diabetes, 75% do grupo bypass conseguiram ficar sem medicações e 95% dos pacientes da derivação biliopancreática estavam sem o remédio.
Baseado nos estudos acima e em diversos outros, não há dúvida de que a cirurgia do diabetes ( metabólica ) é um excelente tratamento para os pacientes portadores de diabetes do tipo 2.
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